
Saiba como falar com o consumidor
De vez em quando esquecemo-nos que consumimos todos os dias. Perdemos tempo com estereótipos quando na verdade estamos a falar de pessoas. Pessoas sem tempo, cansadas e a precisar desesperadamente de um aumento de ordenado e de férias.
Se esta crise veio revelar um novo consumidor? Sinceramente, acho que não. As tendências de consumo eram claras e adequadas ao nosso perfil.
Vamos lá falar a sério. Estamos a falar de Portugal, um mercado pequeno, com todas as características conhecidas de um país do sul da Europa e com consumo global com apenas cerca de 25 anos. Ainda temos muitas crenças e preconceitos associados ao consumo e um caminho muito grande a percorrer como cidadãos consumidores. Mas, ficar por este pensamento redutor é completamente errado.
Cabe às marcas conhecer o seu consumidor mas acima de tudo, trazê-lo para o séc. XXI. Como? Respeitando-o.
Está na altura de começar a falar com as pessoas. Pessoas que compram racionalmente e emocionalmente, que optam por marcas muitas vezes como reflexo da fase de vida que atravessam. Pessoas que falam com pessoas, pessoas que ouvem pessoas. Não criamos para consumidores, criamos para todos nós, e dentro das tendências, estamos a falar de indivíduos que podem garantir o sucesso ou o insucesso de um produto. O diálogo deve começar no linear, os produtos devem conseguir comunicar pela rotulagem aquilo que podem trazer de diferente a cada um de nós.
E, eu, como indivíduo informado vou fazer a minha opção.
Sandra Gaspar, Marketing Strategy